
No dia 25 de julho, a Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo-Fecontesp, juntamente com as Entidades Congraçadas da Contabilidade do Estado de São Paulo tomaram uma atitude decisiva e enviaram um ofício à Receita Federal em São Paulo solicitando urgência em discutir os desafios que têm afetado profissionais e empresários devido à nova exigência da verificação em duas etapas para as contas Gov.BR de nível Ouro.
Essa implementação, que chegou sem aviso prévio, tem causado inúmeros transtornos aos contadores no acesso ao e-CAC e a serviços essenciais, complicando a rotina dos escritórios, especialmente daqueles que lidam com um grande número de clientes.
“A situação exige uma resposta rápida e efetiva por parte da Receita Federal, uma vez que a nova medida dificultou o acesso às informações fiscais e gerou insegurança para os profissionais que dependem dessas ferramentas para gerenciar processos essenciais de seus clientes”, pontuou José Heleno Mariano, presidente da Fecontesp.
Em sua visão, a preocupação é válida, visto que a Contabilidade é um setor que deve ser ágil e eficiente, sempre buscando as melhores práticas para garantir a conformidade e a tranquilidade dos empresários.
No ofício, as Entidades reconhecem a importância da verificação em duas etapas como uma medida de segurança, mas não hesitam em destacar os impactos operacionais e financeiros gerados por essa mudança abrupta. Por isso, fazem um apelo: a suspensão temporária dessa obrigatoriedade, a criação de um período de transição e a ampliação do diálogo para que futuras alterações que afetem as obrigações fiscais sejam discutidas com a devida atenção.
A Fecontesp se compromete a manter a classe contábil sempre atualizada sobre os desdobramentos dessa conversa com a Receita Federal, reforçando a importância da união e da comunicação nesse momento desafiador.
Ademais, a Federação reforça a necessidade de um canal de comunicação aberto com a Receita Federal para esclarecer dúvidas e promover ações que minimizem os impactos gerados por essa mudança. “A união da Federação com as Entidades Congraçadas é muito importante para unir forças contra os desafios enfrentados, evidenciando a relevância da profissão contábil e a necessidade de diálogos produtivos com os órgãos reguladores. É através da colaboração que será possível encontrar soluções que respeitem as particularidades do setor, promovendo um ambiente de trabalho mais eficiente e seguro para todos”, reforça José Heleno Mariano.